27/08/2013

Primeira vez que te vi


Era noite de sábado e eu voltava do trabalho, provavelmente jovens da minha idade estariam se arrumando para irem à balada a procura de “romances”, mas eu não. Nunca fui de sair a noite, ainda mais no sábado que era o dia em que eu chegada mais tarde em casa.
Eu costuma ir embora andando, eu morava a uns 20 minutos de onde trabalhava, mas estava chovendo e eu não havia levado guarda-chuva. Tive que esperar um metrô que demorou cerca de 8 minutos para chegar. Sentei numa das cadeiras perto da porta e peguei um livro para ler. Era um dos livros do Nicholas Sparks, sou fascinada por esse autor.
Após andar duas paradas o metrô parou e entrou um rapaz de capuz, ele estava bem vestido e um pouco molhado. Ele tirou o capuz e então eu abaixei a cabeça para continuar lendo, quando voltei a olhá-lo ele já havia tirado o capuz e o casaco. Ele era fascinante. Lindo. Charmoso. E parecia ser muito inteligente, usava terno preto e gravata azul marinho. Eu estava olhando para ele descaradamente, ele e o resto do povo do metrô percebeu, eu morri de vergonha e abaixei a cabeça.
Ele veio em minha direção e se sentou ao meu lado, minhas mãos começaram a suar e então percebi que ele estava olhando para elas.
 - Gosta do Nicholas Sparks? – Perguntou ele.
- Ah... É... Aham. Sim, eu gosto. – Dei um sorriso um pouco torto. Não sabia como reagir, fui idiota demais, não precisava agir como se ele fosse me engolir. – Ele é meu autor favorito – falei.
- Nossa que legal! Ele é meu favorito também. – Sorriu.
- Legal! – Não sabia de fato o que falar, não sabia se ele queria puxar assunto comigo porque se interessou por mim assim como eu me interessei por ele ou apenas estava querendo ser educado.
- Olha, eu... – Ele não esperou eu terminar de falar.
- Bom, eu vou descer aqui. Boa leitura pra você foi um prazer falar com você. Tchau! – Ele nem esperou que eu dissesse algo e se levantou eu tentei abrir a boca pra falar algo, mas não saiu nada. Ele se dirigiu até a porta, o metrô parou e então ele me deu uma última olhada e deu um sorriso. Confesso que me derreti toda.
Desci do metrô e andei alguns minutos até minha casa. Mais tarde deitada na cama fiquei pensando no rapaz do metrô, como ele era lindo. Pensei se o veria outra vez e em como fui tonta, nem fui capaz de perguntar o nome dele, pegar telefone ou algo assim. Tive a ideia de passar a pegar o metrô todos os sábados àquela hora para ver se o via mais uma vez, pelo menos pra saber o nome e quem sabe assim adicioná-lo em alguma rede social e ir pegando certa amizade, mas meus planos foram por água abaixo. Passei seis meses pegando aquele mesmo metrô naquele mesmo horário e nada dele aparecer.
Acho que nunca mais vou vê-lo outra vez, já faz dois anos que isso aconteceu, me mudei, troquei de trabalho e agora estou fazendo faculdade. Quem sabe eu encontre alguém por lá que me faça esquecer o rapaz do metrô.





                                                                            - Larissa Farias


19/08/2013

Depois dos dezoito...


Dói saber que as coisas mudaram que nada é mais como antes. Pessoas mudaram, eu mudei e você mudou. Lembranças não passam apenas de lembranças, tempos de criança e de adolescência. Os tempos de escola? Ah é impossível esquecer... As primeiras amizades, as brigas na hora da saída. Tudo isso se tornou apenas meras lembranças.
Um dia agente cresce e descobre que depois dos dezoito não é tão perfeito como imaginávamos. Quem é que quando criança não sonhava em completar dezoito anos? Acho que todo mundo. Sair com os amigos sem hora pra voltar, morar só, não ter ninguém pra controlar o que você faz o que você come e até reclamar de suas bagunças.

Se pudesse voltar atrás, jamais queria ter crescido. Criança só se preocupa em estudar e nada mais, quer terminar logo de estudar porque é um “saco”. Estudar realmente é muito chato, e trabalhar é bom? Negativo, tudo é mais simples quando temos nossos pais pra comprarem o que precisamos e até mesmo o que não precisamos. Mas depois dos dezoito você tem que se virar só, seus pais vão dar preferência pros outros filhos de menores, isso se tiver outros filhos.
Por uma parte é legal que realmente você pode sair a vontade e gastar o seu dinheiro como quiser, mas isso quando sobra. Se você mora só o dinheiro mal vai dar pra comprar o que você quer, e se comprar as contas ficaram acumuladas.

A fase adulta é muito chata, mas depois de um tempo acaba se tornando legal e cada vez mais responsável porque vai vir casamente e dele saíram os frutos, que são os filhos.
Na minha humilde opinião gostaria de ser criança pra sempre, mas já passei disso afinal estou prestes há fazer 20 anos e daí é só pra pior, daqui a pouco aparecem as primeiras rugas e por ai vai. (Risos)






                                                                                     - Larissa Farias

23/07/2013

Meu lugar...




Às vezes me pergunto, qual é o meu lugar? Sinceramente não sei que mundo é esse... Melhor que pessoas são essas. Quanto mais eu penso que as conheço eu as desconheço a cada dia que passa.
Não entendo porque sorriem na minha frente e por trás falam mal, quando tento agradar alguém desagrado outro. O quer fazer a não ser enlouquecer?
Se tentar expressar o que sinto me chamam de louca, me mandam procurar um médio, isso é hilário. Queria saber o que se passar na cabeça dessas pessoas...

Queria encontrar o meu lugar, um lugar que me sinta bem longe de tudo e de todos que me fazem enlouquecer, um lugar onde me sinta bem, onde tenha pessoas como eu que não se importe só consigo mesmo mas que se importe com os outros. Queria entender o motivo de ser diferente dos outros. Será que sou louca mesmo? Será que preciso de tratamento?
Talvez eu precise de paz e de alguém que entenda meus sentimentos e que esteja disposto (a) a ouvir o que tenho a dizer e que me “ajude” de certa forma me entender melhor. A entender a vida, porque sinceramente não sei mais o que esperar dela.



                                                                                 
                                                                                      - Larissa Farias

20/07/2013

Feliz dia do Amigo!


Amigo é coisa pra se guardar
Debaixo de sete chaves,
Dentro do coração,
assim falava a canção que na América ouvi,
mas quem cantava chorou ao ver o seu amigo partir,
mas quem ficou, no pensamento voou,
com seu canto que o outro lembrou
E quem voou no pensamento ficou,
com a lembrança que o outro cantou.
Amigo é coisa para se guardar
No lado esquerdo do peito,
mesmo que o tempo e a distância, digam não,
mesmo esquecendo a canção.
O que importa é ouvir a voz que vem do coração.
Pois, seja o que vier,
venha o que vier
Qualquer dia amigo eu volto a te encontrar
Qualquer dia amigo, a gente vai se encontrar.



- Milton Nascimento

Tenho esperança de um dia tê-la de volta

Eu estava pensando nela, não consigo parar de pensar nela, ela é perfeita, tem o sorriso perfeito e é a
garota mais louca que conheci. Por incrível que pareça nós nos conhecemos em um assalto, foi muito engraçado e ao mesmo tempo muito tenso. Nos apaixonamos porque o assaltante pediu a bolsa dela e em seguida  a minha carteira, obviamente entregamos sem nenhuma reação e ai o assaltante a jogou em cima de mim, ela ficou completamente vermelha. Confesso que fiquei um pouco envergonhado, quando nos olhamos foi automático, nos apaixonamos ao primeiro olhar, ela sempre insistiu que não se apaixonou por mim de primeira, mas eu sei que sim, ela se apaixonou, assim como eu.

Reparei que ela pegava todos os dias o mesmo ônibus que eu e também descobri que estudávamos na mesma faculdade, que coincidência maravilhosa, então nos tornamos amigos e depois nos entregamos  e corpo e alma ao que sentíamos. Foi tão maravilhoso namoramos durante um ano, até que fui a uma festa de despedida de solteiro de um amigo meu e... Eu bebi muito e acabei a traindo com uma amiga dela. Confesso que sou um crápula, um otário, um imbecil. Não sei como pude cair numa daquelas, mas sei que não tive culpa. Tudo bem eu tive, mas não estava consciente, ela se aproveitou da minha fraqueza. Foi então que eu perdi meu grande amor. Passo o tempo todo tentando reconquista-la, mas ela não da o braço a torcer, eu a entendo, mas ela não me entende.
Prometi pra mim mesmo que nunca vou desistir, tenho esperanças de um dia tê-la de volta em meus braços. Ela não imagina a falta que me faz, passo horas pensando nos momentos que passamos e em alguma forma de conquistar a confiança dela. Não vou desistir, enquanto eu estiver de pé e a amando vou continuar lutando, até o último dia da minha vida.





                                                                                   - Larissa Farias

14/07/2013

Fria madrugada


Já eram 2:00 da manhã e eu ainda não havia se quer cochilado, na manhã seguinte teria um longo dia de trabalho, mas o sono não vinha. Não era a primeira vez que isso acontecia, já aconteceu algumas vezes. Eu tento não pensar e nem sentir falta dos abraços, dos beijos, de dormir de conchinha e tudo mais. Mas é mais forte que eu, ele faz parte de mim e um pedacinho se foi.
Aquela madrugada tava tão fria, precisava dele ali pra me esquentar. Olhava o telefone diversas vezes, mas me faltava coragem pra ligar. O errado era ele então jamais iria dar o braço a torcer, ele que teria que vir atrás de mim e não eu atrás dele. De repente o telefone toca, meu coração gelou na hora, impossível não ficar nervosa, mas fui atender.
- Aló, quem é a essa hora da manhã?
- Oi, desculpa te incomodar. Eu só queria falar um pouco com você, não to conseguindo dormir.
- Ah! É você? - Sorri de tanta felicidade, mas guardei pra mim e me fiz de durona. - O que quer?
- Bom, eu sei que você é orgulhosa e pirracenta então não vai em pedir desculpas e nem pedir pra voltar comigo, então eu vim fazer isso. Quero você de volta, minha cama ta grande demais sem você aqui e garanto que a sua também, não consigo dormir sem você. Vamos deixar de lado tudo aquilo? Sei que você vai dizer que a culpa é minha, ok! Eu posso ter vacilado, mas você não me deixa te explicar a verdade, vamos conversar amanhã pessoalmente e resolver tudo isso?
- Para de ser chato eu tava dormindo, minha cama ta quentinha e eu to muito bem sem você e não sou orgulhosa não viu?
- Ta bom meu amor, eu só quero você de volta. Volta pra mim?
- Não sei, vou pensar. Acho que você não merece.
- Tem certeza então eu vou desligar e prometo não te encher mais, ta certo?
- Nãããão, por favor não me deixa aqui sozinha.
- Mas você ta só. - Sorriu.
- To nada, to com você no telefone. Vou confessar eu não tava dormindo e minha cama ta vazia sem você e to morrendo de frio, vem me esquentar?
- Mudou de ideia Srª Indecisa? - Riu alto.
- Para de ser bobo, amanhã agente conversa então. Não aguento mais ficar sem você, eu te odeio, mas eu te amo muito então fica esperto se não você vai se ver comigo.
- Claro meu amor, minha linda você quem manda.
- Só quero ver.
- Pode deixar comigo, amanhã nos falamos e matamos as saudades meu amor. Bateu sono agora, preciso dormir amanhã eu tenho que trabalhar.
- Ta bom amor, me deu sono também vou descansar um pouco. Sonha comigo ta?
- Não precisa nem pedir. - Sorriu
- Te amo, Tchau!
- Também te amo minha linda, Tchau!




                                                                                  - Larissa Farias

03/07/2013

Tudo mudou


Estava muito feliz, tinha acabado de passar em uma prova pra uma bolsa de estudos nos Estados unidos, mas fiquei um pouco pensativo porque eu tinha uma namorada e a amava muito. Eu tinha que pensar no nosso futuro eu queria me casar com ela, mas como eu iria passar alguns anos fora decidi terminar porque não queria que ela ficasse triste me esperando por anos, talvez ela pudesse encontrar outro cara ou sei lá. Resolvi ligar pra ela.
- Oi amor. – Disse ela.
- Oi meu amor, eu tenho uma notícia muito boa pra te dar e uma muito ruim. Qual você quer primeiro?
- Nossa! Também tenho uma notícia pra te dar, é maravilhosa! Mas me conta a notícia boa primeiro.
- Bom, a boa é que eu consegui passar na prova que eu fiz, amor eu vou estudar nos Estados Unidos! A notícia ruim é que temos que terminar nosso namoro, eu sei que você me ama e eu te amo muito também, eu não quero que fique triste esperando por mim, então eu decidi terminar, vou passar muitos anos fora do país, me perdoa é meu sonho e eu tenho que fazer isso. Nada nessa vida vai me fazer mudar de ideia, prometo que assim que eu voltar eu te procuro imediatamente.
- Como assim? Você vai me deixar? Nada vai te fazer mudar de ideia? Mas...
- Desculpa meu amor?
- Não. Quando você viaja?
- Essa madrugada.
- Não acredito. Não me deixe, por favor, eu preciso muito de você. Tenho uma coisa pra falar com você que talvez faça você mudar de ideia.
- Não, por favor, não me fale eu tenho que ir, não destrua meu sonho.
- Tudo bem, se você prefere assim. Só quero que saiba que quando voltar não estarei aqui, mas te deixarei algo muito importante. – Disse ela chorando e em seguida desligou o telefone.
- Como assim? Amor...

Não entendi o que ela quis dizer com aquilo, mas tudo bem. Já estava decidido eu iria viajar.
Estudei durante quatro anos nos EUA. Escrevi várias cartas para ela, mas nunca me respondeu nenhuma. Chegou o grande dia de voltar pro meu país e de procura-la afinal devia milhares de desculpas a ela por ater a abandonado, mas agora tudo ia se acertar, estava disposto a procura-la. Acabei tendo uma resposta em minha última carta mandada, na carta dizia para eu espera-la no parque onde nos conhecemos. Mal podia conter minha felicidade, ela havia me perdoado? Não pensei muito e fui imediatamente para o aeroporto.
Cheguei pela manhã, minha mãe estava no aeroporto a minha espera, perguntei sobre a Laura, mas não tinha notícias dela desde que eu fui embora. Não importava dali mesmo eu iria encontra-la. Passei em casa para deixar algumas malas e me dirigi para o parque.

Esperei durante quase duas horas até que uma menina linda que devia ter uns 4 anos se aproximou de mim.
- Oi meu nome é Wendy. Você é o Pedro?
- Olá Wendy! Sou sim, você me conhece de algum lugar? – Achei muito estranho uma criança ter vindo me perguntar isso, ainda mais uma criança que nunca havia visto na minha vida.
- Espera só um pouquinho. Tia, tia, tia! É ele, vem cá?
- Olá Pedro! Como vai?
- Luana? Como assim? Essa criança é sua sobrinha? Onde está a Laura? O que está acontecendo?
- Calma irei te explicar tudo. Primeiro essa criança é minha sobrinha sim e segundo a Laura não está aqui, ela mesma te disse que não estaria aqui quando você voltasse e que te deixaria algo especial, terceiro esse algo especial é a Wendy, ela é sua filha.
- O que? – Não acreditei no que ela disse. Minha filha? Como assim? Então era isso que a Laura queria me contar. Por alguns segundos senti meu corpo adormecer e  meus olhos encherem de lágrimas. – Onde está a Laura? Eu quero vê-la.
- Sinto muito Pedro,  a Laura morreu no parto.
- O que? Pare de mentir, não pode ser isso não está acontecendo. – Ajoelhei-me em prantos. – É tudo culpa minha, eu a deixei quando ela mais precisava de mim.
- Não Pedro, ela escolheu assim, a gravidez foi de risco e ela teve que escolher entre ter sua filha ou morrer. Ela escolheu a Wendy.
- A Laura fez isso? Por quê? – A cada revelação que a Luana fazia eu me sentia pior, me sentia um lixo.
- Ela fez porque esse era o sonho de vocês, ter uma filha e ela jamais iria querer tirá-la.
- Minha filha. – Peguei aquela criança que mais se parecia uma bonequinha e a abracei como nunca havia abraçado alguém, olhei em seus olhos e vi o olhar da Laura, percebi que havia alguns traços meu . – Sorri.
- Eu estava esperando por você papai você demorou. – Sorriu.
- Eu te amo querida, me perdoa?
- Não precisa pedir perdão, eu te perdoo e a mamãe também. – Sorrimos e nos abraçamos.




                                                                                        - Larissa Farias

30/06/2013

Início, meio e fim

Toda história tem um início, meio e fim. Nossa história de amor foi assim, teve um início lindo. Você sempre foi carinhoso comigo, sempre me deu muita atenção quando éramos amigos. Até que um dia nos apaixonamos, no começo foi tudo muito estranho porque éramos amigos, mas depois nos acostumamos e éramos muito felizes, até que chegou o meio do nosso relacionamento.
No meio do relacionamento começaram as brigas, os ciúmes exagerados e a perda de amigos. Quando percebemos estávamos sós, tínhamos apenas um ao outro, eu só podia contar com você e você comigo.
Começamos a culpar um o outro por causa de tudo o que acontecia de errado em nossas vidas até que veio o fim. O fim do nosso namoro, o fim do nosso amor. Os planos ficaram pra trás e as lembranças eram apenas lembranças...
Talvez o que aconteceu não era pra ter acontecido. Descobri que você mentia pra mim, o porque eu não sei e nem entendo. Eu gostaria de saber por que fez isso comigo?
Sei que você sempre me disse que nada era como nos contos de fadas, me disse isso no meio do namoro porque no início você acreditava em contos de fadas e dizia ser o meu príncipe encantado e eu sua princesa. O que houve com os planos? Desistiu fácil assim?
Não quero te julgar apenas quero dizer que você significou muito pra mim, mas hoje não significa mais, tenho uma nova vida e sei que você também, apenas gostaria que me respondesse as perguntas que te fiz, pelo menos pra minha consciência ficar tranquila . Queria que admitisse o moleque que é, foge de suas responsabilidades, não admite seus sentimentos e tenta me enganar, mas eu te conheço e antes de namorarmos éramos amigos lembra? Então te conheço o suficiente.






                                                                               - Larissa Farias

23/06/2013

Pequenas lembranças


Era uma tarde de domingo e não havia nada para fazer em casa sozinha. Poderia ver um filme, mas sozinha não tem graça. Todos os meus amigos estavam em uma viagem e eu fiquei de fora. Que droga! Tentei ir junto, mas meu patrão não me liberou disse que iria precisar da minha ajuda no fim de semana.
Fazia tempo que eu não ficava em casa num dia de domingo, queria muito sair. Foi então que me veio á ideia de ir passear um pouco no parque. Sei que não tem graça nenhuma em fazer isso, mas estava desesperada e ia acabar enlouquecendo ali sem fazer nada. Então lá fui eu para o parque!
A tarde estava agradável, havia muitas famílias e crianças brincando por toda parte. Perguntei-me diversas vezes, por que estava ali? Poderia ter ido a algum bar encher a cara e depois ir para casa dormir, mas não, preferi ir até um parque sem graça e que me trazia lembranças nada agradáveis.
Senti algo bater em minhas pernas, quando me virei era um menininho que havia chutado a bola e me acertou em cheio.
- Desculpa moça? Eu não acertei por querer.
- Está desculpado! – Sorri. – Qual o seu nome?
- Davi e o seu?
- Jéssica. Está sozinho aqui no parque?
- Não, estou com meus pais. Quer conhece-los?
- Não vou atrapalhar? – Não havia nada de interessante para fazer, então por que não fazer novos amigos?
- Claro que não, eles vão adorar conhece-la.
- Então vamos!
Quando me deparei com os pais do menino minhas pernas tremeram, era ele, o meu ex-namorado. Ele era o pai do Davi? Ele estava casado e havia construído a família que sempre quis. Fiquei em estado de choque, não sabia o que dizer, então ele se propôs a falar.
- Olá Jéssica! Como vai? Meu filho acertou a bola em você? Desculpe! Tenho certeza que não foi por querer, ele é um menino adorável. – Sorriu.
- Sim, estou ótima. Não precisa se desculpar está tudo bem e sim, seu filho é adorável. – Me veio um nó na garganta e pequenas lembranças vieram, lembranças de quando éramos felizes juntos e dos planos que fazíamos para o futuro, ali naquele mesmo lugar onde ele estava sentado. Era onde costumávamos nos sentar nos fins de semana para namorar e falarmos de tudo que nos rondava. – Preciso ir embora, foi um prazer revê-lo e foi muito bom conhecer você Davi.
- O prazer foi todo meu. – Ele sorriu com aquele jeitinho meigo que toda criança tem. Retribui o sorriso e fui embora.
Quando me virei para ir embora ouvi a mulher dele perguntando: - Quem é ela? Por que não falou comigo? E ele respondeu: - Ninguém querida, apenas uma velha amiga. – Sorri ironicamente enquanto lágrimas escorriam do meu rosto.



                                                                     


                                                                           - Larissa Farias

16/06/2013

Amor de verão – Parte ll


Meu pai não gostou muito da ideia de eu ter convidado um menino para jantar conosco, já minha mãe amou a ideia, resolveu até fazer um prato especial.
A mesa já estava quase pronta. Alguém bateu na porta e meu pai foi atender enquanto eu e minha mãe terminávamos de pôr a mesa.
Ouvi vozes na sala, era ele que havia
chegado. Ouvi uma voz feminina, era a namorada dele. Então resolvi ir até a sala para conhecê-la.
Quando entrei na sala fiquei em choque, não acreditava no que meus olhos viam, era a Karen, uma amiga de infância, ela costumava ir brincar comigo na praia nas férias.

- Olá Drica! Quanto tempo...
- Olá Karen! – Realmente não acreditava no que via e minha vontade era sair correndo.
- Como estão as coisas? Por que ficou tanto tempo sem vir aqui?
- Meu pai não tinha muito tempo. Estava trabalhando muito, só agora conseguiu arrumar um tempo para vir. Não é pai?
- É sim. Agora vamos comer que estou com muita fome.

Sentamos e saboreamos a deliciosa comida que minha mãe tinha feito. Falamos sobre o que tinha acontecido nesses cinco anos que não nos víamos, mas ninguém comentou sobre os dois estarem juntos.
O jantar acabou e eu arrumei uma desculpa para sair de perto deles e ir pro meu quarto, estava precisando chorar. Disse que estava passando mal.

Joguei-me na cama e desabei, não entendia porque eles estavam juntos. Havia se passado cinco anos e eu não podia exigir nada da Karen.
Alguém bateu na porta, logo enxuguei minhas lágrimas e abri a porta.
- Ah, é você Karen.
- Desculpe incomodar, mas vim saber se precisa de algo e avisar que estamos indo já.
- Está tudo bem, daqui a pouco passa é só uma dorzinha, nada demais.
- Tá bom, então depois agente se fala. – Notei que ela estava triste, mas saiu sem dizer nada.
Logo em seguida ele entrou me senti muito envergonhada por está com a cara inchada de tanto chorar.
- Posso falar com você? – Disse ele.
- Se for pra perguntar se estou bem, nem precisa porque eu já estou um pouco melhor.
- Não é isso. É sobre eu e você. – Congelei.
- Como assim? Não estou entendendo.
- Eu sei que você me ama e deve estar sofrendo porque me viu com a Karen. Saiba que no começo ela ficou preocupada com o que você iria pensar. A história é longa, mas vou resumir um pouco pra você. – Ele deu um longo suspiro. – Os pais dele morreram há 3 anos, desde então sempre estive ao seu lado, ela não tem ninguém, os pais dela eram os únicos familiares que ela tinha. Então ela teve que ir morar em um orfanato e meus pais ficaram indignados com isso e resolveram adotá-la. Já faz um ano e meio que ela mora conosco. Ela me contou o que sentia por mim, eu não sabia o que fazer, não queria vê-la sofrer ainda mais, então começamos a namorar, confesso que no começo não sentia nada por ela, mas depois de um tempo me apeguei a ela e vi o quanto ela é especial pra mim. Meus pais no começo não aceitaram muito, mas depois de conversarmos eles decidiram deixar namorarmos, ela ficou tão feliz e confesso que eu também. Só de vê-la feliz eu fico feliz.  – Ele começou a chorar.
- Eu não sei o que dizer.
- Não precisa, eu ainda não terminei. Drica eu não tive oportunidade de lhe dizer isso porque não tinha coragem, mas hoje eu sou maduro o suficiente pra lhe dizer que te amo á mais de cinco anos.

Não acreditava no que tinha acabado de ouvir. Senti-me mal pela Karen. Coitada dela devia está sofrendo muito, mas por outro lado ele disse que me amava á mais de cinco anos.
- Jhony eu o amo tanto. – Corri e o abracei com toda minha força. Choramos e ficamos abraçados por alguns segundos.  – Espero que você faça-a muito feliz, afinal ela é minha amiga – sorrimos.
- Pode deixar pequena, seja feliz também!
- Sim eu vou ser.
- Agora tenho que ir, tchau! – Beijou-me na testa e foi embora.

Naquela noite mal consegui dormir, olhava da janela as estrelas e o brilho da lua que refletia sobre o mar. Pensei em tudo que ele havia me dito e percebi o quanto ela precisava dele.
Ele foi apenas um amor de cinco verões passados, mas que deixou uma marca dentro de mim.

Apesar de tudo estou feliz por eles, quem sabe no próximo verão eu não encontre um novo amor aqui nessa mesma praia.




                                                                                                 - Larissa Farias

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