27/08/2013

Primeira vez que te vi


Era noite de sábado e eu voltava do trabalho, provavelmente jovens da minha idade estariam se arrumando para irem à balada a procura de “romances”, mas eu não. Nunca fui de sair a noite, ainda mais no sábado que era o dia em que eu chegada mais tarde em casa.
Eu costuma ir embora andando, eu morava a uns 20 minutos de onde trabalhava, mas estava chovendo e eu não havia levado guarda-chuva. Tive que esperar um metrô que demorou cerca de 8 minutos para chegar. Sentei numa das cadeiras perto da porta e peguei um livro para ler. Era um dos livros do Nicholas Sparks, sou fascinada por esse autor.
Após andar duas paradas o metrô parou e entrou um rapaz de capuz, ele estava bem vestido e um pouco molhado. Ele tirou o capuz e então eu abaixei a cabeça para continuar lendo, quando voltei a olhá-lo ele já havia tirado o capuz e o casaco. Ele era fascinante. Lindo. Charmoso. E parecia ser muito inteligente, usava terno preto e gravata azul marinho. Eu estava olhando para ele descaradamente, ele e o resto do povo do metrô percebeu, eu morri de vergonha e abaixei a cabeça.
Ele veio em minha direção e se sentou ao meu lado, minhas mãos começaram a suar e então percebi que ele estava olhando para elas.
 - Gosta do Nicholas Sparks? – Perguntou ele.
- Ah... É... Aham. Sim, eu gosto. – Dei um sorriso um pouco torto. Não sabia como reagir, fui idiota demais, não precisava agir como se ele fosse me engolir. – Ele é meu autor favorito – falei.
- Nossa que legal! Ele é meu favorito também. – Sorriu.
- Legal! – Não sabia de fato o que falar, não sabia se ele queria puxar assunto comigo porque se interessou por mim assim como eu me interessei por ele ou apenas estava querendo ser educado.
- Olha, eu... – Ele não esperou eu terminar de falar.
- Bom, eu vou descer aqui. Boa leitura pra você foi um prazer falar com você. Tchau! – Ele nem esperou que eu dissesse algo e se levantou eu tentei abrir a boca pra falar algo, mas não saiu nada. Ele se dirigiu até a porta, o metrô parou e então ele me deu uma última olhada e deu um sorriso. Confesso que me derreti toda.
Desci do metrô e andei alguns minutos até minha casa. Mais tarde deitada na cama fiquei pensando no rapaz do metrô, como ele era lindo. Pensei se o veria outra vez e em como fui tonta, nem fui capaz de perguntar o nome dele, pegar telefone ou algo assim. Tive a ideia de passar a pegar o metrô todos os sábados àquela hora para ver se o via mais uma vez, pelo menos pra saber o nome e quem sabe assim adicioná-lo em alguma rede social e ir pegando certa amizade, mas meus planos foram por água abaixo. Passei seis meses pegando aquele mesmo metrô naquele mesmo horário e nada dele aparecer.
Acho que nunca mais vou vê-lo outra vez, já faz dois anos que isso aconteceu, me mudei, troquei de trabalho e agora estou fazendo faculdade. Quem sabe eu encontre alguém por lá que me faça esquecer o rapaz do metrô.





                                                                            - Larissa Farias


19/08/2013

Depois dos dezoito...


Dói saber que as coisas mudaram que nada é mais como antes. Pessoas mudaram, eu mudei e você mudou. Lembranças não passam apenas de lembranças, tempos de criança e de adolescência. Os tempos de escola? Ah é impossível esquecer... As primeiras amizades, as brigas na hora da saída. Tudo isso se tornou apenas meras lembranças.
Um dia agente cresce e descobre que depois dos dezoito não é tão perfeito como imaginávamos. Quem é que quando criança não sonhava em completar dezoito anos? Acho que todo mundo. Sair com os amigos sem hora pra voltar, morar só, não ter ninguém pra controlar o que você faz o que você come e até reclamar de suas bagunças.

Se pudesse voltar atrás, jamais queria ter crescido. Criança só se preocupa em estudar e nada mais, quer terminar logo de estudar porque é um “saco”. Estudar realmente é muito chato, e trabalhar é bom? Negativo, tudo é mais simples quando temos nossos pais pra comprarem o que precisamos e até mesmo o que não precisamos. Mas depois dos dezoito você tem que se virar só, seus pais vão dar preferência pros outros filhos de menores, isso se tiver outros filhos.
Por uma parte é legal que realmente você pode sair a vontade e gastar o seu dinheiro como quiser, mas isso quando sobra. Se você mora só o dinheiro mal vai dar pra comprar o que você quer, e se comprar as contas ficaram acumuladas.

A fase adulta é muito chata, mas depois de um tempo acaba se tornando legal e cada vez mais responsável porque vai vir casamente e dele saíram os frutos, que são os filhos.
Na minha humilde opinião gostaria de ser criança pra sempre, mas já passei disso afinal estou prestes há fazer 20 anos e daí é só pra pior, daqui a pouco aparecem as primeiras rugas e por ai vai. (Risos)






                                                                                     - Larissa Farias

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