07/08/2014

Encantada



Fui atraída pelos seus olhos negros e penetrantes, ele me olhava de uma forma diferente. Havia centenas de pessoas naquele local, mas era pra mim que ele estava olhando, tentei disfarçar para não ser atraída por aqueles belos olhos penetrantes. Não adiantou disfarçar, ele realmente estava me olhando e eu já não conseguia disfarçar o meu interesse. Então resolvi não me prender e o encarar da mesma forma com que me encarava, ele era alto, cabelos castanhos que aparentava estar com bastante gel, barba sem fazer, tinha um belo corpo e usava roupas elegantes. Mas o que mais me atraia era os seus olhos até ele sorrir, era encantador o formato do seu sorriso, lábios atraentes e dentes perfeitos.

Fiquei com a boca seca só de olhá-lo, era como se não existisse mais ninguém naquele lugar, apenas ele com aquele olhar e com o sorriso mais belo do mundo. Resolvi retribuir o sorriso, quando sorri ele parou de sorrir, fiquei envergonhada por achar que ele não havia gostado do meu sorriso, talvez tivesse interessado em mim, mas ai eu sorri. O que tinha de errado com o meu sorriso? Eu sempre vou ao dentista, meus dentes estavam limpos eu havia os escovado antes de sair de casa. Então abaixei a cabeça por alguns segundos e quando levantei ele estava ali, na minha frente, cara a cara comigo. Meu corpo estremeceu, minhas pernas ficaram bambas e por um momento pensei que fosse desmaiar porque eu estava sem ar.

Quando eu ia caindo ele pós a mão na minha cintura, rapidamente me recompus. Foi como mágica, sua mão subiu até chegar ao meu rosto e com o indicador tocou meus lábios, eu não conseguia me conter queria muito beijá-lo, até que sem dizer uma só palavra seus lábios tocaram os meus, fechei os olhos para apreciar aquele beijo, mas ele parou de me beijar e quando eu abri os olhos ele não estava mais lá, havia desaparecido como um passe de mágica. Todos me olhavam com caras estranhas, não sei por que me olhavam daquela forma, será que estavam com pena de mim por ter sido abandona depois de um beijo sem ao menos ter aberto os olhos? Acho que não. Talvez porque me achassem louca, talvez nada daquilo fosse real.




- Larissa Farias                                

02/08/2014

Resenha do livro Cidades de Papel – John Green






























Sinopse:

"Em Cidades de papel, Quentin Jacobsen nutre uma paixão platônica pela vizinha e colega de escola Margo Roth Spiegelman desde a infância. Naquela época eles brincavam juntos e andavam de bicicleta pelo bairro, mas hoje ela é uma garota linda e popular na escola e ele é só mais um dos nerds de sua turma.


Certa noite, Margo invade a vida de Quentin pela janela de seu quarto, com a cara pintada e vestida de ninja, convocando-o a fazer parte de um engenhoso plano de vingança. E ele, é claro, aceita. Assim que a noite de aventuras acaba e um novo dia se inicia, Q vai para a escola, esperançoso de que tudo mude depois daquela madrugada e ela decida se aproximar dele. No entanto, ela não aparece naquele dia, nem no outro, nem no seguinte.

Quando descobre que o paradeiro dela é agora um mistério, Quentin logo encontra pistas deixadas por ela e começa a segui-las. Impelido em direção a um caminho tortuoso, quanto mais Q se aproxima de Margo, mais se distancia da imagem da garota que ele pensava que conhecia."


O John Green sempre deixa os livros dele com um gostinho de quero mais né? E com “Cidades de Papel” não foi diferente.

Os personagens são incríveis, a escrita é incrível e sem falar que é engraçada também. Eu ri e chorei com esse livro ele é sensacional. No começo é um pouquinho entediante, mas depois do desaparecimento da Margo tudo começa a ficar mais interessante, Margo é uma personagem meio louca que decide fugir de casa e deixa algumas pistas para trás, tais como: um bilhete na porta do quarto de Quentin, um centro comercial abandonado, alguns trechos da poesia “Canção de mim mesmo” grifados e por ai vai, é uma aventura e tanto até encontrarem Margo. Quentin segue com sua minivan para Nova York com seus amigos em busca de Margo, mas as coisas nunca sai como planejamos então acontecem algumas coisas que não vou contar porque perde a graça, mas o final é incrível e um pouco decepcionante.  Não tem muito o que falar desse livro, só que é muito bacana e mais uma vez o John Green me fez chorar e me fez querer mais, parece que fica faltando mais coisas no final do livro porque ele não termina como queremos.

Após a leitura do livro fiquei um pouco depressiva assim como em “A Culpa é das Estrelas”. Isso é bom? Sim. Eu amo histórias depressivas, na verdade eu sou um pouco depressiva e no final onde Margo diz o que sente eu me identifiquei um pouco com ela, já tive pensamentos como os dela, já pensei em simplesmente sair por ai e procurar o verdadeiro sentido das coisas... Já me senti uma garota de Papel.

Essa frase da poesia “Canção de mim mesmo” é simplesmente sensacional:

“Não me cruzando na primeira, não desista,
Não me vendo num lugar, procure em outro,
Em algum lugar eu paro e espero você.”






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