Em A Culpa é das Estrelas, Hazel é uma paciente terminal de 16 anos que
tem câncer desde os 13. Ainda que, por um milagre da medicina, seu tumor tenha
encolhido bastante — o que lhe dá a promessa de viver mais alguns anos —, o
último capítulo de sua história foi escrito no momento do diagnóstico. Mas em
todo bom enredo há uma reviravolta, e a de Hazel se chama Augustus Waters, um
garoto bonito que certo dia aparece no Grupo de Apoio a Crianças com Câncer.
Juntos, os dois vão preencher o pequeno infinito das páginas em branco de suas vidas.
Hazel Grace
Dezesseis anos. Olhos verdes e pele clara. Leitora voraz, tem uma
sensibilidade bastante própria, ideias afiadas e câncer de tireoide com
metástase nos pulmões. Gosta de All Stars Chuck Taylors, tem um livro de
cabeceira e sabe o que Magritte quis dizer com “Isso não é um cachimbo”. Está
bem, viva o Falanxifor!
Algustus Waters
Dezessete anos, alto, magro. Sorriso cafajeste, andar idem. É bonito e
sabe muito bem disso. Gosta de música, livros e games. Grande adepto das
ressonâncias metafóricas e da direção segura, na medida do possível. Seu
osteossarcoma está em remissão há mais de um ano. E ele não tem medo de ir
atrás da felicidade.
“Alguns infinitos são maiores
que outros... Há dias, muitos deles, em que fico zangada com o tamanho do meu
conjunto ilimitado. Eu queria mais números do que provavelmente vou ter.”
Eu amei esse livro, tem uma história muito bonita. Tenho certeza que assim como eu muita gente ficou se perguntando porque o nome "A Culpa é das Estrelas"?
O livro no final deixou a desejar assim como o livro Uma Aflição Imperial que Hazel leu. Acho que o John Green quis dar uma de Perter Van Houten.
Bom, eu andei pesquisando e achei essas duas perguntas respondidas pelo John Green.
1- Você poderia falar mais sobre o significado do título A culpa é das
estrelas? Sei que existe uma referência a isso no livro, mas não consegui
alcançar exatamente o significado dela.
R.: Bem, na frase de Shakespeare, "estrelas" significam
"destino". No texto original, o nobre romano Cássio diz a Bruto:
"A culpa, meu caro Bruto, não é de nossas estrelas / Mas de nós mesmos,
que consentimos em ser inferiores." Ou seja, não há nada de errado com o
destino; o problema somos nós.
Bem, isso é válido quando estamos falando de Bruto e de Cássio. Mas não
quando estamos falando de outras pessoas. Muitas delas sofrem
desnecessariamente, não porque fizeram algo de errado nem porque são más ou sei
lá o quê, mas porque dão azar. Na verdade, as estrelas têm muita culpa, sim, e
eu quis escrever um livro sobre como vivemos num mundo que não é justo, e sobre
ser ou não possível viver uma vida plena e significativa mesmo que não se
chegue a vivê-la num grande palco, como Cássio e Bruto.
2- O que acontece com a Hazel?
Eu me sinto meio como a Hazel por estar perguntando isso, mas todos sabemos que
você não se parece em nada com o Peter.
R.: Não faço a mais vaga ideia. Sou diferente de Peter van Houten de
várias formas, mas nesse caso (e em alguns outros), nós somos iguais: eu tenho
acesso exatamente ao mesmo texto que você. Minhas considerações sobre o mundo
fora daquele texto não são mais inteligentes nem mais autênticas que as suas.
Textualmente, é óbvio que a Hazel está mais fraca no fim do livro do
que estava em Amsterdã, mas isso é tudo o que você sabe, e é tudo o que eu sei
também.
Bom, acho que depois disso ficaram esclarecidas as minhas perguntas, espero que a de vocês também!
"- O.k. – ele disse, depois do que pareceu ser uma eternidade. –
Talvez “o.k.” venha a ser o nosso “sempre”.
- O.k. – falei."